Os dentes cerram, o coração acelera, o sangue ferve, o rosto fica vermelho e temos vontade de gritar e, às vezes, até mesmo de pular no pescoço do outro. Atire a primeira pedra quem nunca sentiu raiva, emoção quase sempre reprimida ou disfarçada para não parecermos destemperadas. "Raiva não é agressividade e nem hostilidade, são emoções diferentes", diz Maria Teresa Nappi Moreno, doutora em psicologia clínica pelo Núcleo de Psicossomática e Psicologia Hospitalar da Puc de São Paulo. "Quando mal trabalhada, pode ser expressa por comportamentos agressivos ou hostis". Para Vera Martins, especialista em medicina comportamental pela Unifesp, desde crianças somos ensinadas que a raiva é uma emoção negativa, pecaminosa e típica de pessoas mal-educadas. Também acreditamos que se demonstrarmos nossa irritação, ninguém irá gostar de nós. Ou ainda que possuímos algo de ruim que precisa ser contido, do contrário seremos capazes de machucar ou até de matar alguém. Na realidade, esse sentimento está relacionado a uma manifestação de força e energia, cuja principal função é expressar que algo não está bem, impulsionando-nos a buscar mudanças. "A partir do momento que um evento ou uma pessoa nos fere além do aceitável, vivenciamos um mal-estar que pode variar de uma sensação de aborrecimento, irritação até uma explosão de ira e fúria", afirma em seu livro Tenha Calma! - Como Lidar com a Raiva no Trabalho e Transformá-la em Resultados Positivos.
Emoção benéfica
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Soluções que funcionam
Veja sete ideias para lidar com a raiva de maneira assertiva:
- Encare as situações geradoras da raiva;
- Reduza a emoção usando o pensamento consciente;
- Reconheça os sentimentos dos outros e os seus;
- Não fique se justificando nem coloque a culpa no outro;
- Não deprecie a si mesma nem ao outro;
- Administre a crítica, transformando-a em feedback;
- Procure um acordo e a solução.
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